JESSICA CAITANO
BIOGRAFIA
Nascida em Triunfo Alto Sertão do Pajéu no interior de Pernambuco, a cantora, compositora, rapper, coquista, percussionista, poeta, educadora e ativista Jéssica Caitano, é artista e brincante da cultura popular ha 13 anos. Idealizadora do projeto de coco e poesia A Cristaleira. Integrante do trio Radiola Serra Alta que se autodenomina “um eletrococo muderno”. Professora e coordenadora do grupo de dança e batuque “Cambindas de Triunfo”, projeto de pesquisa e formação de crianças e adolescentes, atuando também nos coletivos culturais Coletivo Pantim e Coletivo Mangaio.
Em 2018 foi residente do Red Bull Music Pulso, que acontece em São Paulo unindo artistas de todo o país, foi lá que iniciou a parceria com o produtor musical Chico Correa (PB) no Surra de Rima. Em 2019 atuou no mesmo projeto como Curadora montando seu próprio time, com artistas independentes do nordeste, entre eles o dj e produtor Guirraiz, com quem lançou o EP Reboco.
Com a Radiola Serra Alta tocou no Glastonbury Festival na Inglaterra, com o projeto Surra de Rima já participou de festivais como Red Music Festival (SP), Festival DoSol (RN), Conexidades (RJ), Bananada (GO), além de feiras, como a Feira da Música de Fortaleza, a maior feira de música do país SIM São Paulo, e o Porto Músical (PE), ainda em 2019 recebeu a indicação na categoria Escuta as Minas do Spotify na maior premiação da música do Brasil exclusivamente para mulheres, o Womens Music Event - WME Awards.
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sou a marcha das vadias,
sou a luta e o protesto
laudilina melo,
sou rose mary,
sou pagu
sou carlota de queiroz,
nizia floresta
mãe calu
eu sou o corpo nu
tô ocupando o meu espaço
sou maria joaquina,
venho de tejucupapo
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SURRA DE RIMA
Da terra dos lendários repentistas nordestinos forjados à beira do rio Pajéu, Jéssica Caitano desenvolve sua verve poética, seu flow agressivo e empoderado de mulher sertaneja e LGBT, suas lutas e a conexão com a terra, o coco de roda, de embolada e os folguedos locais se misturam ao conhecimento profundo de ritmos afro-brasileiros e tradições, combinadas em beats e texturas eletrônicas, criadas pelo parceiro e produtor musical Chico Correa. O projeto SURRA DE RIMA é tecnologia ancestral, um encontro entre a oralidade poética do sertão e os timbres eletrônicos numa performance surpreendente.
MANGA ESPADA
Clipe da canção Manga Espada foi lançado em junho de 2020, em parceria com o selo francês Helico Music. O single é produzido/mixado por ChicoCorrea, feat. Alessandra Leão no ilú & Cassicobra na percussão. A animação é de Rieg Rodig, com imagens de ChicoCorrea e a assistência de produção de Laeiguea Bezerra.
SHOWS E FESTIVAIS
Principais Shows e Festivais
2020
Porto Musical (PE)
Live Sala da Casa Natura Musical
Live Casa Link
Live Primavera, Te amo
2019
Pôr do Som (RN)
Feira de Música de Fortaleza (CE)
Red Bull Music Pulso 2019 (SP)
Lab Música (SP)
Festival Bananada (GO)
Festival do Bosque (BA)
Festival Coquetel Molotov (PE)
Festival Radioca (BA)
Womens Music Event (SP)
2018
Red Bull Music Pulso (SP)
Red Bull Music Festival (SP)
Prosa Sonora (GO)
Miragem (PB)
Festival DoSol (RN)
Surra de Rima - Jessica Caitano e ChicoCorrea
Jessica Caitano - Faz a Linha - Ao Vivo no Estúdio Showlivre 2019
Jessica Caitano - Meu Tamborim - Ao Vivo no Estúdio Showlivre 2019
EP REBOCO
Fruto da residência artística Pulso 2019 da RedBull, que tem por objetivo reunir artistas para processos de troca e criação por um mês, que o DJ Guirraiz e a cantora Jessica Caitano produziram Reboco (2019), com quatro músicas esse disco é daqueles que nos mostra a força da invenção que a cultura hip hop possui no Nordeste brasileiro. Ragga, Rap, Samba Reggae, Baião, Coco, flautas de pífano, tudo junto e misturado num diálogo profundo entre a cultura eletrônica e urbana do hip hop e as raízes rítmicas do nosso nordeste profundo.
RADIOLA SERRA ALTA
A cidade pernambucana de Triunfo preza pela singularidade seu clima ameno, suas tradições, a magia e poesia, o mistério de suas ladeiras. Em meio a esse terreno fértil surge o Radiola Serra Alta, trio eletrônico
que promove um diálogo entre cultura popular e as novas tecnologias. Trajados de figuras tradicionais do
Carnaval triunfense, a Veinha e o Careta preservam suas identidades em sigilo: são os brincantes eletrônicos do
Alto Sertão do Pajeú. No vocal entra em ação Jéssica Caitano, MC, coquista, repentista e poeta. Juntos
promovem uma performance ao vivo que remete ao imaginário popular, imersos num universo de diversidade musical com um toque de futurismo saudosista.
SHOWS / FESTIVAIS / LANÇAMENTOS
Principais Shows / Festivais /Lançamentos
Festival de Inverno de Garanhuns PE
Glastonbury Festival na Inglaterra
Baile Muderno PB
Encontro da Nova Consciência PB
Guaiamum Treloso PE
TropicalSoundsystem RJ
Mostra Play the Movie PE
Rec'n Play Festival PE
Vento Festival SP
Festival Do Sol RN
Miragem Festival PB
RecBeat
Coala Festival SP
Festival Nuvem PE
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[ ÁLBUM ]
Computador de Ciço 2015
[ Coletâneas ]
Kafundó Vol. 3: Electronic Roots from N/E Brazil, BasyTropikalne #1 (Latin America), Hi Brazil Vol.9,
Bandcamp Weekly- Havyweight Business
Vó Preta era benzedeira do povo de antigamente
Vovó Pastora parteira desimbuchou muita gente
mainha foi lavadeira
e eu vim nascer cantadeira
desilinhando repente
A CRISTALEIRA
A Cristaleira véa de verso é inspirada nas história de vó Preta e de vovó Pastora, uma contação de suas vivências, sua conexão com a terra e os saberes ancestrais, é benção em poesia. Idealizado pela artista popular, coquista, poeta, declamadora e RAPentista Jéssica Caitano. A Cristaleira canta em verso e coco a vida e as lembranças da sabedoria de suas avós, parteiras, benzedeiras e agricultoras, é assim que o côco se ispaia! O brinquedo é verso e vira coco, e o que é coco é mais um verso. É bonito demais poeta!
O conjunto se apresenta pela região Pajeuzeira e vizinhas, compondo as programações das festividades de cultura popular, com o coco de roda, coco de embolada e sua poesia, que tece na oralidade a narrativa ancestral do povo sertanejo, revivendo os detalhes preciosos da memória de uma menina e suas avós.
CAMBINDAS DE TRIUNFO
Cambindas é uma manifestação popular que tem seu surgimento, o ano de 1913, tendo como berço da sua criação a comunidade onde Jéssica Caitano nasceu, se criou e vive até os dias de hoje, o Bairro Alto da Boa Vista, na cidade de Triunfo, no Sertão Pernambucano. A brincadeira era composta a princípio apenas por homens, em sua maioria negros, e consistia em sair às ruas vestidas de mulheres para brincar e animar a festa das pessoas por onde passavam. A nêga veia conduzia o cortejo, de roupa estampada, turbante na cabeça, em suas mãos uma calunga e o rosto pintado de preto, a porta estandarte que levava o estandarte com o nome do grupo, e o restante com suas saias estampadas e blusas brancas. As cambindas cantavam e tocavam, as loas surgiam no improviso, contavam casos de suas vivências no dia a dia além de criar com situações que surgiam na hora. Com o tempo a brincadeira foi se tornando cada vez mais uma memória, até a iniciativa de Lúcio Fábio produtor cultural, através do curso de dança “Cambindas de Triunfo: resgatando a cultura de um povo”, pelo FUNCULTURA - Fundo de Cultura do Estado de Pernambuco. O curso teve duração de dois meses, sensibilizando crianças e adolescentes, dando origem ao atual grupo de Cambindas de Triunfo. O grupo existe desde 2012 com a coordenação da pesquisadora e dançarina Daiane Nonato, e da artista de cultura popular Jessica Caitano, com atividades formativas, ensaios e oficinas semanais. Nessa reinvenção, as crianças e adolescentes cantam, tocam, dançam e saem às ruas com o propósito de retratar as Cambindas com um olhar contemporâneo, recriando músicas, danças e ressignificando as vivências históricas dos brincantes, mantendo suas características de dança popular de origem africana.